É considerada idosa, segundo classificação da OMS, a pessoa que apresenta 60 anos ou mais de idade.
Esta fase é marcada por alterações fisiológicas e anatômicas do próprio envelhecimento repercutindo na saúde e nutrição do idoso. Essas mudanças progressivas incluem redução da capacidade funcional, alterações do paladar (pouca sensibilidade para gostos primários como sal e açúcar), alterações de processos metabólicos do organismo e modificação da composição corporal. (Vitolo,2008).
Uma das tarefas evolutivas principais do individuo e processo de envelhecimento é encontrar reparação para as perdas biopsicossociais inevitáveis, associadas com esse estagio do ciclo vital. Algumas perdas mais freqüentes nessa faixa etária são a da saúde física, a diminuição das capacidades, a perda da companhia (sentimento de solidão) e a perda do cônjuge. A perda do trabalho, o declínio do padrão de vida e a diminuição das responsabilidades também são sentidos. (Eizirik, 2001)
Existe também dificuldade para realização da intervenção dietética no idoso, uma vez que os hábitos alimentares já se encontram muito enraizados e pode haver dificuldade de memorização das novas informações. (Vitolo, 2008)
Há muitos fatores que interferem no estado nutricional do idoso, alguns condicionantes são as alterações fisiológicas já citadas, as doenças crônicas e fatores relacionados à condição socioeconômica e familiar (Campos e cols., 2000).
O hábito alimentar do idoso não é determinado somente por preferências ou mudanças fisiológicas, mas também por questões de integração social como solidão, isolamento social, acesso ao transporte, condição financeira e supressão de refeições (Wakimoto & Block, 2001). Esses fatores predispõem o idoso à falta de preocupação consigo, fazendo com que se alimente de maneira inadequada em termos de quantidade e qualidade (Campos e cols., 2000). Essa modificação no comportamento alimentar pode afetar a adequação de nutrientes no organismo dos idosos e colocá-los em risco de má nutrição (Nogués, 1990).
A dieta e fatores ambientais podem ser pré-ditores de morbidade e mortalidade ao longo da vida. O estilo de vida e a dieta minimizam o risco de doenças e maximizam a possibilidade de um envelhecimento saudável (WHO, 2002, Drewnowski & Evans, 2001). A qualidade de vida está associada ao estado nutricional do idoso, pois reflete as condições de bem-estar, de felicidade e de meio ambiente satisfatório (Drewnowski & Evans, 2001).
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